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Mentiras.


   Não sei mais se quero abrir os olhos pra ver. Porque, sempre quando eu o faço, me deparo com uma realidade mesquinha ao meu redor. E isso machuca. Machuca mais do que eu realmente gostaria de suportar. Mas não há muita escolha a não ser continuar lutando, aguentando, enfrentando... ou seja lá o que estou fazendo. Se é que estou fazendo. Pra ser totalmente honesta não sei se estou somente fugindo de meus problemas... mesmo sabendo que, quando eu voltar, eles estarão lá, me esperando para poder sufocar outra vez. Mesmo sendo exatamente o tipo de pessoa que busca soluções práticas para qualquer tipo de problema externo, me perco completamente quando o assunto se torna mais pessoal. Porque sei que com isso não estou ferindo somente à mim, mas também pessoas com quem eu realmente me importo. O que me faz questionar todos dias ao acordar que tipo de pessoa patética e egoísta sou eu. Se eu desse um fim nisso tudo, toda a dor iria embora, como num passe de mágica. Mas creio que isso machucaria as pessoas com quem eu teria me importado... mas, por ter escolhido uma solução mais prática e rápida, não o suficiente a ponto de conseguir ser um pouco empática e me colocar no lugar dessas pessoas. Mas, agora me pergunto... E se esse tempo todo elas estiverem sendo empáticas também? Sentirem a dor que eu sinto? Não seria egoísmo demais permiti-las viver nesse antro sufocante? A questão é que: nesse mundo em que eu fui enfiada, não dá pra ser totalmente honesta, justa e menos egoísta. Alguém sempre vai perder. E essa é a única coisa justa aqui.
                                                 
                                                                                     (Beatriz M.)

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